Trotamundos mochileiro: o planejamento

Como comentei no meu último post Trotamundos mochileiro: o que e mochilar?, acho que um mochileiro deva planejar sua viagem e ter dinheiro suficiente para completá-la. Honestamente, acho ridículos os mochileiros que, no meio da sua viagem, se sentam em algum lugar com uma plaquinha “me ajude a financiar minha viagem ao redor do mundo”. Quêeeeeeee?

Por favor, não seja esse tipo de pessoa e se planeje antes de pegar um avião e ir ao outro lado do mundo. Parece obvio, mas, infelizmente, há infelizes pessoas que fazem isso – e são chamados de beg-packers, uma combinação das palavras em inglês beg, que é mendigar, e backpackers, que significa mochileiros. Dois dos artigos que li, ambos em espanhol, podem ser encontrados nos links aqui e aqui. Em português, os chamaria de mendileiros ou mochidigos.

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Trotamundos mochileiro: o que é mochilar?

Wikipedia define backpacking – o termo em inglês para mochilar – como uma forma de viagem, de baixo custo e independente (de agências de viagem).

Qualquer um pode mochilar. A primeira viagem independente que fiz sozinha, pagando com o meu suado dinheiro, foi para a Europa em 2005. Pesquisei preços de seguros de viagem e passagens aéreas – SPO-BCN-SPO, BCN/Paris, Paris/Stuttgart, Stuttgart/BCN – e busquei hostels/albergues em Paris, a única cidade onde não teria hospedagem. Com euros no bolso suficientes para que pudesse me divertir e conhecer lugares, parti para minha primeira grande aventura pelo mundo.

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Japão 2015 – Impressões – Algumas Dicas e Comentários Sobre Hospedagem, Comida e Banheiros

Não sou o tipo de pessoa que economiza em viagens. Viajar é uma questão muito pessoal e cada um, segundo as necessidades, sabe o que deve ser priorizado segundo o orçamento que cada um dispõe. A não ser, claro, que se tenha acesso a um orçamento ilimitado, o sonho dessa Trotamundos que os escreve. Mas, como ainda não cheguei nesse nível, prefiro ficar em hotéis mais baratos (ou até mesmo albergues, onde posso conhecer muita gente) e gastar em lembrancinhas ou refeições; não me importo, por exemplo, em gastar US$ 100 para comer alguma especialidade local em um restaurante com estrelas Michelin ou para fazer algo que só encontraria no lugar: para mim, são mimos que valem a pena.

Dicas
Em Ah Bah Não, minha amiga, Bárbara que foi ao Japão em junho (sim, deveríamos combinar; não, somos retardadas e não combinamos nada) dá várias dicas legais de como se virar em Tóquio e até como usar o WiFi de graça.

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Japão 2015 – O Planejamento

A última viagem que fiz – e a primeira de 2015 – foi para o Japão. Sou sansei, isso é, sou neta de japoneses e essa visita foi muito mais que um passeio turístico; pessoalmente essa viagem foi uma espécie de “Comer Rezar Amar” express que ocorreu em dez dias em um só país. Foi volta às minhas origens e um resgate do meu eu, intercalado por um roteiro gastronômico incrível. Acredito, portanto, que não serei capaz de escrever todas as minhas sensações, dar dicas gastronômicas e ainda passar o roteiro que fiz em um só post: vou escrever muito e, muitas vezes, vou precisar procurar as palavras corretas para descrever tudo que senti.

Eu tinha grandes expectativas quando agendei minha viagem. Sendo descendente de japoneses, a curiosidade por conhecer a terra de onde vieram meus avós, que só nasceu quando assisti a “O Último Samurai” de Edward Zwick, vinha crescendo. Eu sabia que era uma viagem que não poderia fazer em um só fim de semana ou mesmo em um feriado prolongado – como poderia chegar a Nagasaki, que fica a 15 horas de Tóquio, e ainda conhecer Kyoto e a capital? Para isso, precisaria de pelo menos dez dias…

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Boracay: o Fim de Semana de Coincidências

É a quarta vez que visito Boracay desde que vim morar nas Filipinas, há três anos… Embora se tenha que pegar um vôo até Caticlan, um tryke do aeroporto até o porto, pagar as taxas portuárias (são três: o environmental fee, que custa PHP 100.00, a taxa do porto, PHP 40.00 e a taxa do barco, PHP 15.00) e, do porto da ilha de Boracay, pegar outro tryke para se chegar ao hotel, toda a estrutura de Caticlan está voltada para a visita à famosa ilha de Boracay.

Fomos no fim de semana do feriado do Ano Novo Chinês que, em 2014, caiu dia 31 de janeiro, uma sexta-feira. Sempre soube que Boracay é a praia-destino de muitos asiáticos, principalmente de chineses e coreanos. Mas, considerando que o Ano Novo Chinês é um feriado que dura, no mínimo, uma semana nas terras de Mao, pensei que no dia 01 de fevereiro, um sábado, o porto fosse estar com uma movimentação normal de fim de semana e Boracay fosse estar lotado. Estava parcialmente enganada.

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Um Fim de Semana em Puerto Princesa, Palawan

Outro dia, recebi a seguinte mensagem da Sandra, uma das leitoras do meu blog “Ola, Tati tudo bem. Conheci sua pagina e blog atraves do blog brasileiras pelo mundo, desde entao venho lendo suas postagens e achei muito bacana. Tenho uma filha que mora na Inglaterra e uma na Nova Zelandia, e estamos indo pra Manila passar 3 semanas nas Filipinas, uma aventura e tanto haha. Gostaria muito de conhece-la , tomar um cafe qualquer coisa o que vc acha??”.

Nem preciso dizer que fiquei super emocionada! Quero dizer, criei o blog para que meus amigos e família pudessem acompanhar minhas aventuras pelo mundo, mas sabia que havia a possibilidade (e eu assim esperava) de que outras pessoas o lessem também!

Ao ler a mensagem da Sandra, percebi que não escrevi sobre algumas viagens que fiz nas Filipinas, há algum tempo, o que é uma pena.

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Hong Kong, a Cidade das Luzes do Oriente

City of Blinding Lights é uma canção do U2. Alguns dizem que ela representa New York ou, talvez, o skyline de New York visto do Brooklin. Acho que esse é exatamente o caso de Hong Kong, visto da baía de Kowloon, da Avenue of Stars.

O skyline da cidade, da Avenue of Stars, em Kowloon

O skyline da cidade, da Avenue of Stars, em Kowloon

Hong Kong foi o primeiro país que visitei quando cheguei à Ásia. Em agosto de 2011, pegamos o avião e passamos um fim de semana por lá.

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Greenhills, o paraíso do consumo em Manila

Em todos os países que visitei da Ásia, existem mercados onde se podem comprar de tudo: de réplicas de bolsas e acessórios de designers a DVDs piratas… Em Manila, o lugar se chama Greenhills.

Já escrevi brevemente sobre esse lugar, mas decidi fazer um post sobre esse paraíso de consumo localizado em San Juan, Metro Manila. Uma parte é um shopping center normal, com lojas e bons restaurantes, parte que raramente visito. Outra é um galpão imenso de dois andares lotado de barracas onde se pode comprar tudo que se possa imaginar. Então, se você quiser comprar muita coisa por somente alguns milhares de pesos filipinos (afinal, PHP 1,000.00 equivalem a aproximadamente US$ 25.00, EUR 20.00 ou R$ 40.00) e tiver muita paciência para negociar, o Greenhills é parada obrigatória no roteiro Manila.

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Bicol 2013: Legazpi e Donsol

Viajar é preciso. Pelo menos, isso é uma necessidade da minha alma. Nesse fim de semana, que foi extenso por causa do feriado de eleições nas Filipinas, fui com um amigo a Bicol, uma das minhas regiões favoritas nas Filipinas.

Amo Bicol porque tem uma beleza natural impressionante. Da cidade de Legazpi, se tem uma vista impressionante do vulcão Mayon, cuja forma quase perfeitamente cônica encanta. Ele também é um dos vulcões mais ativos das Filipinas, sendo que no princípio dessa semana ele “cuspiu” algumas pedras, matando alguns turistas e um guia local. Sei, é perigoso, mas não chegamos tão próximos ao vulcão assim. E, bem no fundo, tinha o desejo de poder tirar fotos estilo National Geographic, com a lava laranja escorrendo montanha abaixo… OK, os desejos podem parecer suicidas, mas já imaginaram o quão linda uma foto assim seria? Eu sim e morro de vontade de ter uma!

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Uma Viagem a Ilocos Norte e Sur: o Extremo Norte da Ilha de Luzon, Filipinas

Todas as vezes que descrevo viagens pelas Filipinas, utilizo dois adjetivos “impressionante” e “difícil de chegar”. Porque, todas as vezes que viajo por aqui, enfrento horas em ônibus ou em uma van ou uma combinação de transportes que varia desde avião-trycicle-barco (como é o caso de Boracay) até ônibus-barco (como são os casos de Puerto Galera e Zambales): em suma, as viagens nunca são curtas, mas sempre valem a pena porque as paisagens são impressionantes.

Nesse último feriado, o da Páscoa, fomos até Ilocos Norte, uma província que fica no mais extremo norte da ilha de Luzon, onde está localizada Metro (poluída) Manila e a maior ilha do arquipélago conhecido como Filipinas. Com essa viagem, oficialmente, posso dizer que viajei ao norte e ao sul dessa ilha embora isso não queira dizer que eu a conheço por completo: falta muito por conhecer.

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