Feliz 2018 – as resoluções de um ano novo

Quando dá a meia-noite no dia 31 de dezembro de cada ano, parece que tudo se renova. Como se fosse mágica, as pessoas seguem seus rituais, quaisquer que sejam, abraçam aqueles que amam, se beijam e desejam “Feliz Ano Novo”! Parece que o Ano Novo traz um novo fôlego para a nossa rotina diária nos dá a permissão para voltar a sonhar e a ter esperanças.

Independente de como foi o ano anterior, sempre temos a esperança de que o ano que chega será melhor. E, assim como se renovam os nossos sonhos, fazemos resoluções e planos. Muitas vezes, nos esquecemos de agradecer e muitas outras vezes mais nos esquecemos que somos os maiores responsáveis por fazer do novo ano, um ano melhor, por realizar nossos sonhos, cumprir nossas resoluções e concretizar nossos planos.

De repente, antes mesmo que chegue o Carnaval, abandonamos a academia que tão ansiosamente prometemos que iríamos religiosamente, começamos a dieta a cada segunda-feira quando nos levantamos – e a abandonamos na hora do almoço, compramos mil coisas que não precisamos ao invés de economizar para aquela viagem a Paris – ou Austrália, ou Japão ou Filipinas! – ou nos lembramos, mortos em frente à televisão, que prometemos ler mais. Antes mesmo que comece o Carnaval, nos frustramos e voltamos a nossa rotina antiga, deixando os novos planos que não são assim tão novos mais em alguma prateleira até que o ano termine.

Para mim, o grande problema é estabelecer metas inalcançáveis – ou próximas ao impossível. Percebi que esse é um grande desafio para mim quando decidi que iria correr no parque todos os dias enquanto não encontrasse um novo trabalho. O problema é que tive físico de corredora há quase dois anos e meio e desde que cheguei a Madrid, meus treinos tem diminuído até terem uma frequência menor que uma vez a cada 15 dias. Obviamente, meu ritmo diminuiu e não conseguia correr o que gostaria. A frustração de não correr o que eu gostaria pelo tempo que queria me fazia ir ao parque uma vez por semana. Então esfriou. Então choveu. E, de repente, a companhia dos meus gatos e a próxima série da Netflix pareciam mais interessantes.

Foda né? Eu acho. Gosto mesmo de correr, mas, percebi que colocar como meta fazer cada quilômetro em 6 minutos na primeira semana de volta aos treinos, era o atalho mais certeiro para eu desistir. Quando decidi caminhar, para a minha surpresa, ficava mais tempo no parque e até corria caminhava a uma velocidade maior do que quando colocava uma meta que, no meu atual estado físico, resulta quase impossível sem eu quebrar.

De repente sou eu, mas acho que muita gente se identificará com o estabelecimento das minhas metas que beiram o impossível. Esse ano, no entanto, decidi estabelecer baselines, patamares mais atingíveis – e não haverá culpa por não atingi-los ao 100%, afinal, tudo começa com pequenos passos. Esse ano, em 2018, minhas metas meus patamares são:

01-) Voltar a academia. Encontrei uma boa promoção no final do ano e me inscrevi. Para mim, focar em uma atividade física é uma boa forma de eu me concentrar. Já disse que gosto de correr, mas não disse o motivo: tenho o runner’s high, ou seja, há um momento que me concentro nas minhas passadas, na minha música e naquele momento e esse momento se transforma em quase um momento de meditação. É quase como se fosse um reset. E, depois que isso acontece, me sinto mais leve e as preocupações do mundo não parecem tão grandes. É o meu momento comigo mesma.

Uma das poucas fotos que tenho enquanto corria… Porque, né?

02-) Levar o trabalho com mais leveza. Começo em um novo posto de trabalho em menos de uma semana e tenho como objetivo fazer o melhor que puder e me dedicar ao máximo, sem levar as coisas para o lado pessoal. Se alguém decidir ser engraçadinho, com uma piadinha racista sem graça ou fizer um comentário infeliz… Bom, o problema será da pessoa, não meu. Sorrir e acenar: colocar em prática um dos meus lemas desde sempre.

Sorrir e acenar, como a Queen B!

03-) Visitar Paris. Há muito tempo não visito a Cidade-Luz. Paris e eu temos uma bonita conexão e sinto saudades dessa minha cidade-amante. Um grande amigo estará lá em abril e, já que França e Espanha são países vizinhos, por que não?

04-) Passar o tempo que eu puder, com a melhor qualidade possível, com aqueles que amo – família e família política, amigos e meus gatos! ❤

O Trio Maravilha (da esquerda para a direita): León, Gini e Toni

05-) Agradecer. Agradecer muito, agradecer sempre.

Sobre o resto, vejo como será quando acontecer. John Lennon já dizia que a vida é o que nos acontece quando estamos ocupados fazendo outros planos (life is what happens to you when you’re busy making other plans – Beautiful Boy, 1980).

Desde que o relógio bateu as 12 badaladas, os 525600 minutos de 2018 começaram a contar. Nunca é tarde para (re)começar. Nunca é tarde para agradecer. Nunca é tarde para agir e fazer acontecer. E você reserva para 2018?

 

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