Japão 2015 – De Volta Ao Meu Passado

Há muitos meses não escrevo para o Trotamundos. Sempre digo que vou encontrar tempo e vou recomeçar a escrever, mas desisti de fazer promessas vazias. A verdade é que preciso ter disciplina e disso tenho pouco. Sei que quando começo a escrever o faço bem – já teria desistido se não o fizesse – e gosto muito, mas também me conheço o suficiente para saber que sou preguiçosa. Engraçado, não? Quando me proponho a fazer algo, muitas vezes parece que as coisas fluem e tudo sai com o mínimo de esforço. Mas acho que isso acontece porque tento colocar muito coração nas coisas que faço.

Há pouco mais de quatro meses, deixei a Ilha de Lost e voltei para a minha tão amada Europa. Ah, Europa… O Velho Continente que tanto me fascina, com suas histórias, paisagens e multiculturalidade. Mas, ainda que sempre tivesse como objetivo voltar, toda mudança gera certo stress e sempre há tempo de adaptação. É normal. E, ao transferir a minha rotina de Manila a Madrid, comecei a viver a cidade, a (re)encontrar meus amigos, a viver. E, por isso, acabei por deixar a escrita um pouco de lado. Acontece.

Se tivesse que definir 2015, acho que o definiria como o ano que entrei em contato com minhas raízes e mudei minha vida outra vez. Talvez tivesse sido necessário entrar em contato com o meu passado para que eu pudesse seguir em frente e voltar a desbravar meus horizontes. Quando era mais nova, não me importava tanto com a minha história, mas, à medida que passa o tempo, fui sentindo a necessidade de conhecer um pouco mais sobre as minhas raízes.

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Japão 2015 – Impressões – Algumas Dicas e Comentários Sobre Hospedagem, Comida e Banheiros

Não sou o tipo de pessoa que economiza em viagens. Viajar é uma questão muito pessoal e cada um, segundo as necessidades, sabe o que deve ser priorizado segundo o orçamento que cada um dispõe. A não ser, claro, que se tenha acesso a um orçamento ilimitado, o sonho dessa Trotamundos que os escreve. Mas, como ainda não cheguei nesse nível, prefiro ficar em hotéis mais baratos (ou até mesmo albergues, onde posso conhecer muita gente) e gastar em lembrancinhas ou refeições; não me importo, por exemplo, em gastar US$ 100 para comer alguma especialidade local em um restaurante com estrelas Michelin ou para fazer algo que só encontraria no lugar: para mim, são mimos que valem a pena.

Dicas
Em Ah Bah Não, minha amiga, Bárbara que foi ao Japão em junho (sim, deveríamos combinar; não, somos retardadas e não combinamos nada) dá várias dicas legais de como se virar em Tóquio e até como usar o WiFi de graça.

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Apo Island, a Ilha das Tartarugas Marinhas! <3

Abril foi um mês bem legal. Uma amiga nossa de Barcelona veio nos visitar. Sua viagem já estava programada pelo menos desde o início do ano e planejamos um roteiro bem legal para que ela conhecesse coisas interessantes das Filipinas.

Quando alguém vem nos visitar, passamos algumas horas planejando roteiros porque sabemos que há muita coisa para se ver. Eu, que moro aqui há três anos, não conheço tudo que quero e já fui a lugares incríveis, vi coisas maravilhosas e fiz coisas que jamais imaginei fazer, como saltar de um penhasco em Ariel’s Point, em Boracay.

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Trotamundos e o Mundo Segundo os Brasileiros: o Encontro à Moda Filipina!

Em janeiro, tirei um dia de folga para filmar para O Mundo Segundo os Brasileiros, um programa transmitido pela Band que segue o mesmo formato de Españoles en el Mundo, do canal de televisão espanhola RTVE. Caso vocês não conheçam o formato do programa, ele mostra algumas cidades do mundo, através do ponto de vista de quem mora lá.

Eu, que amo viajar e sempre gostei da idéia do Españoles en el Mundo (adorei o episódio que eles fizeram de São Paulo), achei o máximo quando ele começou a ser produzido no Brasil. E, ano passado, soube que eles viriam a Manila.

Entrei em contato com a produção, preenchi o formulário e esperei. Então, em janeiro, eles vieram e, embora o programa enfoque em coisas além do turístico, fui com eles a Villa Escudero, uma plantation de cocos, localizada em San Pablo, na região de Laguna, a 1,5h de carro de Metro Manila, dependendo do trânsito.

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A Doce Vida de Business…

Sempre que viajei, via as pessoas naquela sessão do avião, em cadeiras confortáveis e espaço para as pernas. E eu sempre imaginei como deveria ser voar dessa forma. Eu sempre quis saber como era voar em Business Class.

Fui enviada para um projeto em São Paulo (EBA!) e, por causa da política (maravilhosa) da minha empresa, tive a incrível oportunidade de realizar esse meu desejo que pode parecer absurdamente supérfluo para uma pessoa que nunca voou. Para aqueles que voaram, especialmente grandes distancias, pode garantir  assegurar que o grande presente que alguém que viaja de classe econômica pode ganhar é ter todos os bancos de uma fila a sua disposição para que possa viajar deitado.

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O Mercado Público de Puerto Princesa

Dando seguimento ao texto de Puerto Princesa, coloco algumas fotos que tirei durante a minha última visita a cidade.

Em geral, eu não gosto de mercados públicos: eles são barulhentos, cheios de pessoas e, em um país tão quente quanto as Filipinas, eles, em geral, fedem muito. Mas, depois que adquiri a minha DLSR e comecei a brincar com ela, descobri que esses mercados são lugares maravilhosos para tirar fotos.

As pessoas, as cores e a vibração do lugar o transformam em ótimo cenário para fotos. Logo mais, espero poder tirar fotos ainda melhores de lugares como esse! Por enquanto, deixo vocês com o meu olhar do mercado!

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Coron: Um Paraíso Subaquático

Dando continuidade a Palawan, visitei também o norte da ilha, a região conhecida por Coron. Parte do arquipélago de Calamianes (que faz parte do província de Palawan, que é outro arquipélago. Lembrem-se que as Filipinas são o segundo maior arquipélago do mundo, com mais de 7.000 ilhas), a região de Coron pode ser dividida em duas: Busuanga, onde está o aeroporto e o Calauit Game Preserve and Wildlife Sanctuary, e Coron, uma região para mergulho e snorkel.

Como todos os lugares dedicados ao mergulho que visitei, a região de Coron segue um ritmo próprio, como se o tempo funcionasse com outra velocidade. Uma vez, em Koh Tao, me disseram que o ritmo que se leva embaixo d’água é completamente diferente daquele que se leva em terra: é um ritmo mais tranqüilo porque, lá embaixo, não se pode, por exemplo, entrar em pânico; se você entrar em pânico 5m abaixo do nível do mar, você praticamente morreu (you’re dead fish… Piadinha infame, eu sei). Então, as regiões dedicadas ao mergulho, também seguem o mesmo ritmo tranqüilo, em terra.

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Um Fim de Semana em Puerto Princesa, Palawan

Outro dia, recebi a seguinte mensagem da Sandra, uma das leitoras do meu blog “Ola, Tati tudo bem. Conheci sua pagina e blog atraves do blog brasileiras pelo mundo, desde entao venho lendo suas postagens e achei muito bacana. Tenho uma filha que mora na Inglaterra e uma na Nova Zelandia, e estamos indo pra Manila passar 3 semanas nas Filipinas, uma aventura e tanto haha. Gostaria muito de conhece-la , tomar um cafe qualquer coisa o que vc acha??”.

Nem preciso dizer que fiquei super emocionada! Quero dizer, criei o blog para que meus amigos e família pudessem acompanhar minhas aventuras pelo mundo, mas sabia que havia a possibilidade (e eu assim esperava) de que outras pessoas o lessem também!

Ao ler a mensagem da Sandra, percebi que não escrevi sobre algumas viagens que fiz nas Filipinas, há algum tempo, o que é uma pena.

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A Moda e a China: A Combinação do Tudo ao Mesmo Tempo…

Desde que morei na Irlanda, não me importo com o que as pessoas vestem. Quero dizer, lembro-me que ia ao Centra e sempre encontrava uma galera com suas calças de pijama comprados na Penney’s (ou Primark… Ainda não descobri porque só na Irlanda mudaram o nome da loja) e suas botas UGGs (ou, pior, as imitações). Ou quando caminhava pela Grafton Street e encontrava as patricinhas irlandesas com seus moletons Juicy Couture e botas UGGs (originais), o que fornecia o mesmo visual “pijama” com o custo singelo de aproximadamente EUR 500,00. Quando se vê isso todos os dias, o termo “moda” se torna algo completamente subjetivo e relativo.

Acredito, honestamente, que moda seja algo relacionado ao estilo pessoal de cada um. Não me sinto confortável saindo com pijama no meio da rua, mas também não preciso usar Chanel, carregar uma Birkin e vestir Louboutin (#sonhodeconsumo!) porque (01) não tenho dinheiro para pagar tudo isso e (02) porque acho que poucas pessoas conseguem carregar um visual tão cheio de marcas e não parecer fashion victim e brega. Sou o tipo de pessoa adepta ao highstreet fashion, com suas peças modernas com preços acessíveis, a peças de roupas compradas em feirinhas e algumas peças de roupa (ou sapato) mais caras que possa ter no meu guarda-roupa. Demorei em entender o tal colour blocking (e só o entendi quando a moda havia passado) e acredito que a pessoa tem que, além de respeitar seu corpo e estilo, respeitar seu bolso. Para mim, uma leiga, a moda se resume a isso.

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Um Passeio por Xiamen, China

“Xiamen é uma cidade interessante, mas é bastante pequena”. Ouvi essa frase de um chinês que morava em Shanghai, uma das pessoas com quem dividi o quarto do albergue que ficamos na viagem desse fim de semana. Ele se referia a Xiamen, uma cidade em uma ilha localizada ao sul da China, como relativamente pequena embora tenha uma população de aproximadamente 3,5 milhões de pessoas. Acho que para os chineses 3,5 milhões de pessoas realmente é um povoado de interior…

Com aproximadamente 1,6 bilhões de habitantes, a China é um mundo a parte e não falo isso de modo figurativo: é literal. Acho que a China não precisaria de outros mercados para consumir o que produz: tudo que é produzido na China encontraria seu mercado internamente. E, me encontrar no meio dessa quantidade toda de pessoas, começar a entender a superfície de que um mercado como o chinês representa, foi bem interessante.

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