Trotamundos mochileiro: o que é mochilar?

Wikipedia define backpacking – o termo em inglês para mochilar – como uma forma de viagem, de baixo custo e independente (de agências de viagem).

Qualquer um pode mochilar. A primeira viagem independente que fiz sozinha, pagando com o meu suado dinheiro, foi para a Europa em 2005. Pesquisei preços de seguros de viagem e passagens aéreas – SPO-BCN-SPO, BCN/Paris, Paris/Stuttgart, Stuttgart/BCN – e busquei hostels/albergues em Paris, a única cidade onde não teria hospedagem. Com euros no bolso suficientes para que pudesse me divertir e conhecer lugares, parti para minha primeira grande aventura pelo mundo.

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Solstício de verão: o dia mais longo de 2016!

20 de junho de 2016 é, segundo a Wikipedia, o solstício de verão no hemisfério norte. E, durante os solsticios, tanto de verão como de inverno, gosto de fazer uma retrospectiva do seis meses que passaram, embora não publique uma desde o começo de 2015. Então, vamos por partes, shall we?

2015… O que aconteceu?

Foi o ano que surtei na Ásia e decidi voltar para a Europa. Bom, a volta estava planejada desde o final de 2014, mas foi o ano que finalmente empacotei minhas coisas, entreguei minha carta de demissão e vim tentar a vida na minha Espanha querida ❤: meus cinco anos de reclusão asiática se acabavam. Continuar lendo

Japão 2015 – De Volta Ao Meu Passado

Há muitos meses não escrevo para o Trotamundos. Sempre digo que vou encontrar tempo e vou recomeçar a escrever, mas desisti de fazer promessas vazias. A verdade é que preciso ter disciplina e disso tenho pouco. Sei que quando começo a escrever o faço bem – já teria desistido se não o fizesse – e gosto muito, mas também me conheço o suficiente para saber que sou preguiçosa. Engraçado, não? Quando me proponho a fazer algo, muitas vezes parece que as coisas fluem e tudo sai com o mínimo de esforço. Mas acho que isso acontece porque tento colocar muito coração nas coisas que faço.

Há pouco mais de quatro meses, deixei a Ilha de Lost e voltei para a minha tão amada Europa. Ah, Europa… O Velho Continente que tanto me fascina, com suas histórias, paisagens e multiculturalidade. Mas, ainda que sempre tivesse como objetivo voltar, toda mudança gera certo stress e sempre há tempo de adaptação. É normal. E, ao transferir a minha rotina de Manila a Madrid, comecei a viver a cidade, a (re)encontrar meus amigos, a viver. E, por isso, acabei por deixar a escrita um pouco de lado. Acontece.

Se tivesse que definir 2015, acho que o definiria como o ano que entrei em contato com minhas raízes e mudei minha vida outra vez. Talvez tivesse sido necessário entrar em contato com o meu passado para que eu pudesse seguir em frente e voltar a desbravar meus horizontes. Quando era mais nova, não me importava tanto com a minha história, mas, à medida que passa o tempo, fui sentindo a necessidade de conhecer um pouco mais sobre as minhas raízes.

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Japão 2015 – O Planejamento

A última viagem que fiz – e a primeira de 2015 – foi para o Japão. Sou sansei, isso é, sou neta de japoneses e essa visita foi muito mais que um passeio turístico; pessoalmente essa viagem foi uma espécie de “Comer Rezar Amar” express que ocorreu em dez dias em um só país. Foi volta às minhas origens e um resgate do meu eu, intercalado por um roteiro gastronômico incrível. Acredito, portanto, que não serei capaz de escrever todas as minhas sensações, dar dicas gastronômicas e ainda passar o roteiro que fiz em um só post: vou escrever muito e, muitas vezes, vou precisar procurar as palavras corretas para descrever tudo que senti.

Eu tinha grandes expectativas quando agendei minha viagem. Sendo descendente de japoneses, a curiosidade por conhecer a terra de onde vieram meus avós, que só nasceu quando assisti a “O Último Samurai” de Edward Zwick, vinha crescendo. Eu sabia que era uma viagem que não poderia fazer em um só fim de semana ou mesmo em um feriado prolongado – como poderia chegar a Nagasaki, que fica a 15 horas de Tóquio, e ainda conhecer Kyoto e a capital? Para isso, precisaria de pelo menos dez dias…

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A Ásia Exótica vs. Ásia da Revolta: a diferença entre visitar e morar!

Uma vez, uma amiga disse: “quando se visita a Ásia, tudo é exótico e lindo… Mas tenta morar por aqui…”. Algumas vezes tenho essa sensação exata.

Morar na Ásia é uma experiência que me desafia constantemente. Seja em algum episódio com taxista, seja por alguma coisa que me falaram ou pela forma como se comportaram, há quatro anos vivo momentos no meu dia-a-dia que me deixam em choque surpreendem, pelo menos uma vez por semana.

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A Vida do Avesso

Gente, minha vida é toda errada. Bom, se a comparar com o que é considerado “normal” pela sociedade, ela é errada em todos os níveis possíveis. Entendê-la é bastante complicado: eu mesma, a personagem principal dessa louca vida, quando a tento entender, quase enlouqueço no buraco do coelho da Alice. Então, na maioria das vezes, simplesmente a vivo.

Atualmente, meu horário é uma loucura. Acordo para trabalhar às 7h… Da noite. E chego em casa às 7h… Da manhã. Então, se não estou mega-cansada, vou para a academia… Então, acabo na cama quase ao meio-dia…

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Manila e o Tufão: Vivendo no Limite!

O clima nas Filipinas é dividido entre úmido e seco, mas é sempre quente. Em dezembro, quando se inicia a época seca, as temperaturas caem um pouco e se pode sentir uma brisa fresca. Inclusive, algumas horas da noite, um casaquinho é necessário.

Março e abril são os meses considerados de alto-verão, quando faz muito calor e a possibilidade de chuva é mínima (mínima não quer dizer que nunca chova!). Nesses meses, faz tanto calor que sinto que moro nas portas do inferno e acho que todo cachorro que late é Cérbero. Esses meses são considerados férias escolares e é considerada altíssima-estação (peak season): os preços dos bilhetes de avião e hotéis atingem o seu topo.

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O Feriado do Meu Aniversário! Porque Só Um Dia Não é Suficiente! ;)

Abril foi um mês bem corrido. E maio começou com o meu aniversário que pareceu uma releitura do meu aniversário do ano passado. Não me levem a mal, foram dias ótimos – e continuam sendo. Quem mais pode se dar ao luxo de dizer que não teve somente um dia ou mesmo um fim de semana de aniversário, mas um feriado inteiro??? LU-XO! Há!

Quando digo que foi uma releitura, foi pelo fato de que, outra vez, estava em Manila. Sem querer parecer metida (mas já sendo), há alguns anos não comemorava meu aniversário dois anos seguidos no mesmo país, quanto mais na mesma cidade.

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Boracay: o Fim de Semana de Coincidências

É a quarta vez que visito Boracay desde que vim morar nas Filipinas, há três anos… Embora se tenha que pegar um vôo até Caticlan, um tryke do aeroporto até o porto, pagar as taxas portuárias (são três: o environmental fee, que custa PHP 100.00, a taxa do porto, PHP 40.00 e a taxa do barco, PHP 15.00) e, do porto da ilha de Boracay, pegar outro tryke para se chegar ao hotel, toda a estrutura de Caticlan está voltada para a visita à famosa ilha de Boracay.

Fomos no fim de semana do feriado do Ano Novo Chinês que, em 2014, caiu dia 31 de janeiro, uma sexta-feira. Sempre soube que Boracay é a praia-destino de muitos asiáticos, principalmente de chineses e coreanos. Mas, considerando que o Ano Novo Chinês é um feriado que dura, no mínimo, uma semana nas terras de Mao, pensei que no dia 01 de fevereiro, um sábado, o porto fosse estar com uma movimentação normal de fim de semana e Boracay fosse estar lotado. Estava parcialmente enganada.

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O Fatídico Graveyard Shift: como trabalhar pelas noites está me afetando!

Eu sempre trabalhei em escritório. E, quando pensamos em trabalho em escritório, pensamos logo em trabalho das 9:00 às 18:00h, com uma hora de almoço certo? Bem, pelo menos era assim que pensava até vir para as Filipinas.

Aqui, os turnos em escritórios são divididos em três: o day-shift (tradicional), o mid-shift (que começa após o meio-dia) e o fatídico night-shift, também conhecido por graveyard shift (turno do cemitério, em uma tradução bem literal) simplesmente porque, passados alguns meses, a maioria das pessoas que trabalham nesse turno se tornam zumbis ambulantes, com olheiras negras que descem até o chão. Algumas companhias oferecerem uma coisa que chamo de swift-shifts, ou seja, parte do mês se trabalha em um turno e parte em outro (uma semana por mês se trabalha no graveyard shift, por exemplo, e o resto no mid-shift).

Isso acontece porque, como comentei em meu texto Emprego e Oportunidades para o Brasileiras pelo Mundo, além da presença de calls centers, muitas companhias estão trazendo seus departamentos de finanças (ou os terceirizando) para a Ilha de Lost por economia e para padronizar processos. E, na maioria das vezes, isso quer dizer que temos que trabalhar no mesmo horário que o território ou, pelo menos, coincidir com o departamento de finanças dos locais que atendemos em algumas horas.

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