Confissões de uma Gordola #ClubedosGordolas

O Brasil faz mal para a minha forma. Pronto, falei. As pessoas podem falar o que quiserem, que eu deveria ter mais força de vontade e comer somente quanto tenho fome. Fácil falar. Sou taurina e quem já leu alguma coisa sobre signos sabe que os taurinos são bons de garfo. E, como uma boa taurina, eu amo comer. Então como posso resistir àquela dúzia de pães de queijo quentinhos, recém-saídos do forno? Missão: Impossível! Nem Tom Cruise seria capaz de tirá-los de mim (e, se ele se arriscasse, arrancaria sua cabeça).

Sinto um prazer indescritível em comer. Lembro dos melhores pratos que provei e até consigo lembrar a sensação que tive quando provei algo que realmente me encantou. Ainda me lembro, por exemplo, a primeira vez que senti o jamón ibérico de bellota derretendo na minha boca e percebi o quão saboroso esse presunto espanhol é. Fecho os olhos e quase consigo sentir o seu gosto…

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O Inverno de São Paulo e eu…

Eu tinha me esquecido… Enquanto caminho pela Avenida Paulista no começo de um dia útil qualquer, a garoa fria de inverno bate na minha cara e me faz lembrar que São Paulo é uma dessas cidades, na qual faz um calor de rachar um dia e um frio de congelar os ossos no próximo. São Paulo é uma cidade cujas mudanças de clima deixam qualquer um maluco – ou simplesmente com um resfriando constante.

O frio da chuva passa quando entro no edifício do curso que faria naquele dia. Ao olhar pela janela, percebo que nem mesmo um pequeno raio de sol consegue ultrapassar as grossas nuvens que cobrem a minha cidade. Naquele dia, o sol não brilharia e o frio continuaria. Ainda assim, no fim daquela semana, o sol voltaria a brilhar com uma forte intensidade de cozinhar o corpo e deixar a sensação de se querer deitar à beira da piscina com nada mais que um cocktail nas mãos… De 13º a 33º na mesma semana… Isso é São Paulo.

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São Paulo, o Melting Pot Brasileiro

É engraçado olhar a cidade onde você nasceu com os olhos de turista… Há mais de cinco anos, escolhi morar fora do Brasil e, de vez em quando, eu volto para visitar meus pais, rever meus amigos e ficar um pouco na cidade. De repente, em algum lugar no meio desses anos, São Paulo deixou de ser meu lar e passou a ser uma cidade que eu, ocasionalmente, visito.

Não se enganem: eu amo São Paulo. Amo caminhar na Avenida Paulista e ver a mistura arquitetônica que existe na região. Eu, que conheço muitas cidades do mundo, não conheço nenhuma outra avenida que tenha a mistura arquitetônica como ela: nos seus aproximadamente 3 km de extensão, ela abriga casarões do início do século XX, como a Casa das Rosas, construída em 1935, prédios modernos construídos durante a década de 70 (como o MASP e o Edifício da FIESP), uma rede de televisão que tem uma universidade, bares, restaurantes, lojas, bancos, escritórios, um parque (o Trianon) e um museu (o MASP, Museu de Arte de São Paulo). E, tudo isso, de uma forma um pouco caótica, se encaixa com perfeição nessa avenida que representa a cidade que nasci.

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