A Moda e a China: A Combinação do Tudo ao Mesmo Tempo…

Desde que morei na Irlanda, não me importo com o que as pessoas vestem. Quero dizer, lembro-me que ia ao Centra e sempre encontrava uma galera com suas calças de pijama comprados na Penney’s (ou Primark… Ainda não descobri porque só na Irlanda mudaram o nome da loja) e suas botas UGGs (ou, pior, as imitações). Ou quando caminhava pela Grafton Street e encontrava as patricinhas irlandesas com seus moletons Juicy Couture e botas UGGs (originais), o que fornecia o mesmo visual “pijama” com o custo singelo de aproximadamente EUR 500,00. Quando se vê isso todos os dias, o termo “moda” se torna algo completamente subjetivo e relativo.

Acredito, honestamente, que moda seja algo relacionado ao estilo pessoal de cada um. Não me sinto confortável saindo com pijama no meio da rua, mas também não preciso usar Chanel, carregar uma Birkin e vestir Louboutin (#sonhodeconsumo!) porque (01) não tenho dinheiro para pagar tudo isso e (02) porque acho que poucas pessoas conseguem carregar um visual tão cheio de marcas e não parecer fashion victim e brega. Sou o tipo de pessoa adepta ao highstreet fashion, com suas peças modernas com preços acessíveis, a peças de roupas compradas em feirinhas e algumas peças de roupa (ou sapato) mais caras que possa ter no meu guarda-roupa. Demorei em entender o tal colour blocking (e só o entendi quando a moda havia passado) e acredito que a pessoa tem que, além de respeitar seu corpo e estilo, respeitar seu bolso. Para mim, uma leiga, a moda se resume a isso.

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Um Passeio por Xiamen, China

“Xiamen é uma cidade interessante, mas é bastante pequena”. Ouvi essa frase de um chinês que morava em Shanghai, uma das pessoas com quem dividi o quarto do albergue que ficamos na viagem desse fim de semana. Ele se referia a Xiamen, uma cidade em uma ilha localizada ao sul da China, como relativamente pequena embora tenha uma população de aproximadamente 3,5 milhões de pessoas. Acho que para os chineses 3,5 milhões de pessoas realmente é um povoado de interior…

Com aproximadamente 1,6 bilhões de habitantes, a China é um mundo a parte e não falo isso de modo figurativo: é literal. Acho que a China não precisaria de outros mercados para consumir o que produz: tudo que é produzido na China encontraria seu mercado internamente. E, me encontrar no meio dessa quantidade toda de pessoas, começar a entender a superfície de que um mercado como o chinês representa, foi bem interessante.

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