Desde que morei na Irlanda, não me importo com o que as pessoas vestem. Quero dizer, lembro-me que ia ao Centra e sempre encontrava uma galera com suas calças de pijama comprados na Penney’s (ou Primark… Ainda não descobri porque só na Irlanda mudaram o nome da loja) e suas botas UGGs (ou, pior, as imitações). Ou quando caminhava pela Grafton Street e encontrava as patricinhas irlandesas com seus moletons Juicy Couture e botas UGGs (originais), o que fornecia o mesmo visual “pijama” com o custo singelo de aproximadamente EUR 500,00. Quando se vê isso todos os dias, o termo “moda” se torna algo completamente subjetivo e relativo.
Acredito, honestamente, que moda seja algo relacionado ao estilo pessoal de cada um. Não me sinto confortável saindo com pijama no meio da rua, mas também não preciso usar Chanel, carregar uma Birkin e vestir Louboutin (#sonhodeconsumo!) porque (01) não tenho dinheiro para pagar tudo isso e (02) porque acho que poucas pessoas conseguem carregar um visual tão cheio de marcas e não parecer fashion victim e brega. Sou o tipo de pessoa adepta ao highstreet fashion, com suas peças modernas com preços acessíveis, a peças de roupas compradas em feirinhas e algumas peças de roupa (ou sapato) mais caras que possa ter no meu guarda-roupa. Demorei em entender o tal colour blocking (e só o entendi quando a moda havia passado) e acredito que a pessoa tem que, além de respeitar seu corpo e estilo, respeitar seu bolso. Para mim, uma leiga, a moda se resume a isso.