Por Madrid… #Gratidão

Há meses não escrevo um texto meu. Acho que acontece. A vida acontece e há coisas que não podem parar. A vida toma conta e, muitas vezes, as coisas que gostamos são deixadas para depois. Acontece.

No final de 2016, estava cansada do meu antigo trabalho. Para ser honesta, não estava tão cansada do trabalho porque recém havia mudado de departamento e trabalhava com a melhor chefa que tive na vida, Sonia Serrano. O fato é que estava ganhando pouco e a empresa que estava parecia muito engessada para que pudesse crescer ou ganhar melhor em menos tempo.

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RENT 

Há muito mais de 20 anos, Jonathan Larson escrevia RENT enquanto trabalhava como garçom em NYC para pagar suas contas. Não sei se ele tinha idéia do sucesso que o musical teria, mas espero que ele tenha visto, do céu, quando foi premiado com o Tony Awards, o Oscar do teatro: ele faleceu um dia antes que o musical estreasse na Broadway.

Em 1999 (obrigada por me lembrarem de quanto tempo passou e de quão velha estou, Giu e Dê! 😂), RENT estreou no Teatro Ópera, em São Paulo. Acho que foi o primeiro musical da Broadway que estreou no Brasil, com elenco brasileiro e canções em português.

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21 de dezembro de 2016

Sempre ouço/leio as pessoas dizerem que certo ano foi o mais duro, o mais difícil, o mais cheio de surpresas e que ele tem que acabar. Acho que a memória prega peças e limpa o passado porque, olhando em retrospectiva, todos os anos me parecem montanhas-russas, com altos e baixos, emoções e alguns momentos em que fechamos os olhos só para curtir o vento batendo na nossa cara. Em todos os anos, famosos se casam, têm filhos, se separam (Fátima Bernardes/William Bonner e Brangelina não foram os primeiros casais que se separam na história da humanidade) ou morrem. Há escândalos políticos e algum acidente, maior ou menor, acontece. Mas também há nascimentos, reencontros acontecem e há momentos em que suspiramos pela lua linda do céu. Porque os anos compõe a vida e essa é feita de momentos bons e outros não tão bons assim.

Aproveitando o gancho, faço minha retrospectiva pessoal, hoje, no solstício de inverno. Exceto por 2010, o ano que guardarei na memória como aquele no que tudo deu certo, e 2013, que recordarei como o ano que me tornei uma mulher-Almodovar – à beira de um ataque de nervos – e quase me perdi no buraco do coelho da Alice para todo sempre, todos os anos têm seus altos e baixos, com alguns tropeços, eventuais (e rápidas) visitas ao buraco do coelho e vários pontos altos nos que acho que a vida não poderia ser melhor. E 2016 não foi muito diferente.

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Minha vida em Madrid: de volta aos estudos!

Há tanto que não escrevo para o Trotamundos que acabei por acumular muitas histórias, algumas viagens e situações de vida. Quem acompanha esse meu diário de bordo sabe que diversas vezes um forte desespero me abate e eu caio no buraco do coelho de Alice, perseguindo um peludo branco que carrega um relógio e está sempre atrasado. Esses momentos não são legais no sentido de “divertidos”, mas são ocasionais e têm duração determinada. Muitas vezes são, inclusive, necessários – só não posso me permitir ficar lá para sempre; levantar-se é preciso. Sacudir a poeira e seguir em frente também, afinal, a vida segue e não há retornos nesse caminho.

Mais de um ano se passou desde que eu cheguei a Madrid. No último outubro, comecei um mestrado em Finanças e Contabilidade, algo que ocupou minhas tardes de sexta e manhãs de sábado. Outubro, por sinal, foi um bom mês: havia recém saído de uma das minhas crises de buraco do coelho e havia recém mudado para um apartamento que chamaria de meu. Amo minha sogra, mas morar com ela não dá simplesmente porque conviver é duro. O problema de se começar um mestrado era que, obviamente, meu fim de semana ficaria reduzido a um dia. Só um dia para acordar sem despertador. Parecia desalentador, mas meus colegas de classe são ótimos e as aulas, dinâmicas, fatores que ajudaram a minha adaptação em acordar cedo nos sábados: ainda não gosto de acordar com despertador 6/7 dias da semana – acho que nunca vou, de fato, “gostar” -, mas não é tão ruim.

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Obrigada 2014! Bem-Vindo 2015!!! #FinalDeAno

Então, assim, mais um ano chega ao final. Como se os 365 dias passassem com a rapidez de um relâmpago (vamos convir que, à medida que os anos passam, o tempo parece passar com maior velocidade), 2014 chega ao final e nos preparamos para a chegada de 2015.

Em alguns lugares do mundo, 2014 já parece quase uma lembrança enquanto em outros, o último dia do ano simplesmente começa (ou, talvez, no momento que eu publicar esse post, para alguns já seja 2015!). Ainda assim, a maioria de nós, aqueles que seguem o calendário romano, encontra-se em sincronia, à espera que um novo ano se inicie, com forças e esperanças renovadas.

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Vou-Me Embora Para Manila…

Outro dia, vi a pesquisa super abrangente do InterNations chamada Expat Insider: The World Through Expat Eyes, feita com mais de 13 mil pessoas ao redor do mundo.

Adoro ler sobre como as outras pessoas observam os países onde vivem, outros que, como eu, vivem fora de suas pátrias. Qual não foi minha surpresa quando vi que as Filipinas estavam em oitavo lugar da classificação geral, como top destination?

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A Vida do Avesso

Gente, minha vida é toda errada. Bom, se a comparar com o que é considerado “normal” pela sociedade, ela é errada em todos os níveis possíveis. Entendê-la é bastante complicado: eu mesma, a personagem principal dessa louca vida, quando a tento entender, quase enlouqueço no buraco do coelho da Alice. Então, na maioria das vezes, simplesmente a vivo.

Atualmente, meu horário é uma loucura. Acordo para trabalhar às 7h… Da noite. E chego em casa às 7h… Da manhã. Então, se não estou mega-cansada, vou para a academia… Então, acabo na cama quase ao meio-dia…

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Brasil vs Chile: as Oitavas! #TemCopaAteNaAsia

Esse Mundial vai me matar. Pronto, falei! Sei que trabalho no graveyard shift e, portanto, as 11h de diferença que levamos do Brasil não deveria me afetar. Considerando que meu dia começa, nos fins de semana, às 20h da noite de sábado (geralmente… Tem dias que passo o sábado dormindo), acordo e tomo um café enquanto todo mundo está jantando com suas taças de vinho nas mãos. Sou meio a estranha do grupo, mas tudo bem. É que, hoje em dia, ando meio invertida…

Bem, a Copa não vai me matar pelo fuso, mas sim pelo que está acontecendo, no campo e na minha vida. Em Manila, não costumo andar com brasileiros. Sei lá… Meus amigos pertencem à diversas nacionalidade e frequentemente estou em mesas que parecem reuniões da Nações Unidas em um bar. Então, no fim, acabo tendo amigos espanhóis (por supuesto!), mexicanos (ui, que jogo horrível o Brasil fez na primeira rodada contra eles!), colombianos (os próximos), franceses (há! Esse jogo seria mortal) e até de nacionalidades cujos times não estão na Copa, mas apoiam outros times… Somos uma salada mista!

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Loucuras de um Mês de Junho…

Eu sei que ando em falta com o Trotamundos… Há tantos pensamentos na minha cabeça e tanta coisa acontecendo que, no fim do dia, fico bastante perdida. E, com esse horário maluco que eu trabalho e ainda não me ajustei (JU-RO: não é fácil trabalhar enquanto todo mundo – normal – dorme), tudo fica mais difícil: há dias que durmo 12 horas e outros que durmo 4.

Junho foi um mês bastante atribulado. Quando maio acabou e ele começou, pensei: sinto que esse mês vai ser complicado. Como atraímos tudo que pensamos, ele, de fato, foi.

Tudo começou com uma crise hormonal terrível. Aliás, isso é uma das coisas que mais me irritam: eu já não sou uma pessoa fácil de lidar (confesso e assumo), mas raramente tenho crises hormonais bravas, daquelas que me transformam de Dr. Jeckell a Mr. Hyde. Então, quando eles atacam, deveria haver uma restrição judicial na qual eu devesse ser trancada no quarto e ter bombons atirados em mim até que meu cérebro produzisse endorfina suficiente para que um sorriso (genuíno ou não) surgisse no meu rosto.

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Frio nas Filipinas… Sim, é possível!

Nesse exato momento, a temperatura no meu celular marca 20º. Sei que isso não parece pouco, mas acho que é uma das temperaturas mais baixas que peguei em Manila. E, como minha amiga Cristiane Leme diz que não há tempo ruim, mas roupa inadequada, acredito que todas as minhas roupas adequadas estejam em algum lugar do globo que não aqui, nas Filipinas… Porque, nesse exato momento, a brisa fria faz meus pés ficarem bem frios…

Pode ser que eu tenha me acostumado com o inferno que Manila geralmente é, da mesma forma como me acostumei com o frio na Irlanda. O fato é que, ultimamente, tenho dormido com o ar-condicionado E o ventilador desligados, embaixo de uma manta para não passar frio. Não que esteja frio (este, o conheci na Polônia, quando vivi os -20º) e nem faça muito vento (já vivi em Dublin, duas quadras de onde todos os ventos do mundo se encontravam em frente ao Starbucks, em Harcourt), mas, lembrando que a sensação térmica em março passado, alto verão, ultrapassou os 40º em muitos dias de várias semanas consecutivas, 20º pode ser considerado uma temperatura bastante fresca.

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