Os 30s são os novos 20s. Bom, pelo menos essa é uma realidade que se aplica a mim e a muitas das mulheres que eu conheço. Com 35 anos recém-completos, me sinto na melhor forma da minha vida, em todos os sentidos. Quando comparo o que era aos 25 anos e o que sou, aos 35, em nenhum momento penso em voltar ao tempo: eu não trocaria o que sou pelo que era jamais na vida.
Aos 30 e tantos anos, tenho tantas dúvidas como tinha aos 20 e poucos. A diferença é que parei de querer entender o motivo de tudo na vida; simplesmente aceitei que algumas coisas na vida simplesmente acontecem e dou risada de coisas que me teriam me deixado brava há uma década. Parei de tentar entender o motivo por trás de fatos banais da vida e sigo em frente, com a cabeça erguida. Posso até reclamar do trânsito, das pessoas sem noção ao meu redor ou do dia lotado de trabalho, mas isso tudo já não ocupa um espaço tão grande na minha vida. Existem coisas mais importantes que passar o dia e a vida me preocupando com coisas que estão fora do meu controle e passei a dar mais importância àquelas que posso controlar como sorrir mais ou ligar para nossos amigos para conversar e tomar um café. Isso não quer dizer que aprendi tudo e que controlo todos os meus sentimentos, mas as coisas que antes tomavam um espaço tão grande na minha vida, o centro do palco na minha peça de teatro, se tornaram coadjuvantes.