Há muitos meses não escrevo para o Trotamundos. Sempre digo que vou encontrar tempo e vou recomeçar a escrever, mas desisti de fazer promessas vazias. A verdade é que preciso ter disciplina e disso tenho pouco. Sei que quando começo a escrever o faço bem – já teria desistido se não o fizesse – e gosto muito, mas também me conheço o suficiente para saber que sou preguiçosa. Engraçado, não? Quando me proponho a fazer algo, muitas vezes parece que as coisas fluem e tudo sai com o mínimo de esforço. Mas acho que isso acontece porque tento colocar muito coração nas coisas que faço.
Há pouco mais de quatro meses, deixei a Ilha de Lost e voltei para a minha tão amada Europa. Ah, Europa… O Velho Continente que tanto me fascina, com suas histórias, paisagens e multiculturalidade. Mas, ainda que sempre tivesse como objetivo voltar, toda mudança gera certo stress e sempre há tempo de adaptação. É normal. E, ao transferir a minha rotina de Manila a Madrid, comecei a viver a cidade, a (re)encontrar meus amigos, a viver. E, por isso, acabei por deixar a escrita um pouco de lado. Acontece.
Se tivesse que definir 2015, acho que o definiria como o ano que entrei em contato com minhas raízes e mudei minha vida outra vez. Talvez tivesse sido necessário entrar em contato com o meu passado para que eu pudesse seguir em frente e voltar a desbravar meus horizontes. Quando era mais nova, não me importava tanto com a minha história, mas, à medida que passa o tempo, fui sentindo a necessidade de conhecer um pouco mais sobre as minhas raízes.
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