O Sono dos Justos nos Lugares Injustos

Todas as vezes que descrevo experiências em táxis em Manila, eu acredito que será a última. Afinal, sou positivista e acredito todas as vezes que nada mais pode acontecer comigo… Já entrei em táxis com baratas (um era tão velho que, enquanto eu chutava a porta para afastar a barata, me questionava quantos chutes faltavam para que meu pé saísse pelo outro lado), já tive discussões com taxistas sobre os caminhos, já os ameacei de morte… Enfim, quando achei que TUDO já tivesse acontecido comigo e o assunto estive esgotado, passo por uma nova experiência.

Ontem, pegamos o táxi no ponto em frente ao meu prédio. O táxi era bem velho, com o trinco de uma das portas quebrado e algo que caía de uma das janelas. Aliás, quando digo “táxi velho”, acho que poucas pessoas entendem o que realmente quero dizer. Táxi velho quer dizer, literalmente, caindo aos pedaços, como se ele rogasse por ser jogado em um ferro velho e ter uma aposentadoria/morte descente. Embora o exagero faça parte da minha personalidade, juro que, desta vez, não é.

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Taxistas, uma Raça Paralela

taxi_manila_trotamundos_by_tatisato

Depois de deixar o Trotamundos de molho por mais de um mês (vergonhoso, eu sei), vou recomeçar a escrever sobre um tema repetido que são os taxistas. Mas, nesse momento, preciso expressar minha revolta desilusão com essas pessoas que considero serem de uma raça paralela a dos seres humanos.

Talvez, antes de nascermos, sejamos classificados segundo nossas habilidades, ou seja: se é bom com números, será analista de mercado financeiro, contador ou matemático, por exemplo; se um é bom com palavras, será escritor, advogado ou professor; se alguém é um filho-da-puta e sabe dirigir, é bem provável que se torne taxista.

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