Viagens: Bais e Bohol – de Golfinhos a Tarsiers

Desde que voltei do Natal, não saí de Manila. E isso tem me deixado em um estado de nervos tremendo…

Não é novidade que uma das coisas que mais gosto de fazer no mundo é viajar e, honestamente, a única grande vantagem que via em viver em Manila era viajar e conhecer, além das ilhas paradisíacas e lugares inusitados, um pouco mais desse enorme continente desconhecido chamado Ásia…

Tinha reclamado que em 2014 não viajei muito, mas a verdade é que não consegui escrever sobre as minhas viagens porque sim que viajei! Acho que em 2014, o Trotamundos se tornou um pouco voltado para o interior, por descrever mais minhas percepções sobre o que me rodeava que minhas experiências na estrada.

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Trotamundos e o Mundo Segundo os Brasileiros: o Encontro à Moda Filipina!

Em janeiro, tirei um dia de folga para filmar para O Mundo Segundo os Brasileiros, um programa transmitido pela Band que segue o mesmo formato de Españoles en el Mundo, do canal de televisão espanhola RTVE. Caso vocês não conheçam o formato do programa, ele mostra algumas cidades do mundo, através do ponto de vista de quem mora lá.

Eu, que amo viajar e sempre gostei da idéia do Españoles en el Mundo (adorei o episódio que eles fizeram de São Paulo), achei o máximo quando ele começou a ser produzido no Brasil. E, ano passado, soube que eles viriam a Manila.

Entrei em contato com a produção, preenchi o formulário e esperei. Então, em janeiro, eles vieram e, embora o programa enfoque em coisas além do turístico, fui com eles a Villa Escudero, uma plantation de cocos, localizada em San Pablo, na região de Laguna, a 1,5h de carro de Metro Manila, dependendo do trânsito.

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Caramoan: o Paraíso de Survivors Filipinas

Na loucura insana que é mudar de emprego nas Filipinas (vou escrever sobre isso… Mais tarde), fiquei sem fazer um update do meu blog há algum tempo… Como eu também merecia férias, logo depois do meu último dia de trabalho, peguei um ônibus com uma amiga a caminho de Caramoan, uma região em Camarines Sur (CamSur) a sudeste de Metro Manila.

Quem assiste ao programa Survivors (aquele no qual um bando de pessoas é enviado para algum lugar paradisíaco no meio do nada e, separado em grupos, tem que completar provas para ganhar prêmios ou ir ao conselho tribal e ter um dos seus membros eliminado), Caramoan foi a região das Filipinas escolhida para ser o “lugar paradisíaco no meio do nada”.

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Hong Kong, a Cidade das Luzes do Oriente

City of Blinding Lights é uma canção do U2. Alguns dizem que ela representa New York ou, talvez, o skyline de New York visto do Brooklin. Acho que esse é exatamente o caso de Hong Kong, visto da baía de Kowloon, da Avenue of Stars.

O skyline da cidade, da Avenue of Stars, em Kowloon

O skyline da cidade, da Avenue of Stars, em Kowloon

Hong Kong foi o primeiro país que visitei quando cheguei à Ásia. Em agosto de 2011, pegamos o avião e passamos um fim de semana por lá.

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Macau, Antiga Colônia Portuguesa Onde Não Se Fala o Português…

Se você estiver em Hong Kong e a cidade não consumir cada segundo do seu tempo (isso é fácil, quando se trata de Hong Kong), visite Macau.

Macau foi a última possessão européia na China, permanecendo colônia de Portugal de meados do século XVI até 1999, na qual foi transferida de volta a China e se transformou em uma das regiões de administração especial (como Hong Kong). No entanto, nessa antiga colônia portuguesa na qual o cartão da imigração e todas as placas de rua estão em cantonês (um dos idiomas oficiais. Lembrem-se que “chinês” é um termo genérico para descrever todos os dialetos falados na China e nas suas regiões independentes) e em português, ninguém que encontrei falava o tal português.

Sim, embora o português ainda seja considerado um dos idiomas oficiais, não encontramos nenhum oficial da polícia, vendedor de loja ou recepcionista de hotel que o falasse ou ao menos o entendesse. Sim, isso é extremamente bizarro, principalmente porque até quase o ano 2000, o país permanecia como colônia de Portugal.

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Uma Viagem a Ilocos Norte e Sur: o Extremo Norte da Ilha de Luzon, Filipinas

Todas as vezes que descrevo viagens pelas Filipinas, utilizo dois adjetivos “impressionante” e “difícil de chegar”. Porque, todas as vezes que viajo por aqui, enfrento horas em ônibus ou em uma van ou uma combinação de transportes que varia desde avião-trycicle-barco (como é o caso de Boracay) até ônibus-barco (como são os casos de Puerto Galera e Zambales): em suma, as viagens nunca são curtas, mas sempre valem a pena porque as paisagens são impressionantes.

Nesse último feriado, o da Páscoa, fomos até Ilocos Norte, uma província que fica no mais extremo norte da ilha de Luzon, onde está localizada Metro (poluída) Manila e a maior ilha do arquipélago conhecido como Filipinas. Com essa viagem, oficialmente, posso dizer que viajei ao norte e ao sul dessa ilha embora isso não queira dizer que eu a conheço por completo: falta muito por conhecer.

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Boracay 2013

No mês passado, eu fui a Boracay. É a terceira vez que eu visito essa praia nas Filipinas e, como já escrevi posts sobre ela antes e estava passando por uma fase um pouco conturbada na minha vida (ou mentalmente instável, como brinco com as minhas amigas), deixei para escrever sobre essa praia tão linda outro dia. Bem, esse “outro dia” chegou…

Sempre comento que Boracay é um dos paraísos na terra se o seu paraíso tiver uma praia de areia branca, mar azul e transparente, restaurantes de todos os tipos, discotecas e hotéis para todos os orçamentos. E, embora seja uma das regiões das Filipinas que mais turista recebe anualmente (e, pela minha percepção atual, a quantidade aumenta a cada ano), as praias não são super lotadas. Talvez isso aconteça por causa da sua extensão e porque os asiáticos não gostam de se bronzear…

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Sobreviventes: Um Acampamento e eu (em Zambales, Filipinas)

Acampamento é uma atividade que eu nunca pensei que fosse para mim. Eu me conheço bem o suficiente para entender que acampamentos fogem da minha zona de conforto por kilômetros; perdão, por anos luz. Acampamentos e eu habitamos duas galáxias completamente diferentes, separadas por cinco buracos negros e uma infinidade de planetas. É essa a distância entre a minha zona de conforto e acampamentos.

Quem me conhece, entende plenamente o que eu escrevi. Quem não me conhece, prazer, eu sou uma pessoa urbana. Por urbana, não digo que seja o tipo de pessoa que só gosta de cidades grandes e de shopping centers, mas sou o tipo de pessoa que gosta de viver com um mínimo de conforto. Quando digo mínimo, quero dizer uma cama razoavelmente limpa e um banheiro onde possa tomar banho, lavar a cabeça e me sentar, quando necessário. Acho que depois de 30 e tantos anos de vida, já adquiri o direito e tenho possibilidades financeiras para tanto.

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A Cidade Maravilhosa!

Acho que sempre tive certo preconceito em relação ao Rio de Janeiro. Nascida em São Paulo com um primo carioca cujo sotaque me irritava, visitei a cidade uma vez, há 20 anos (mais ou menos) e não tinha vontade de visitá-la outra vez: além da violência que era divulgada pela mídia, a ideia de ter favelas tão perto das áreas nobres era só mais um detalhe que me fazia ver a cidade como um lugar não muito agradável.

Fui ao Rio porque havia prometido a uma amiga que iria. E, com muita humildade, digo que estava errada em meus preconceitos porque, como já diz a canção, o Rio de Janeiro continua lindo! Antiga capital do Brasil, no Rio é possível encontrar edifícios históricos maravilhosos (no Centro) e praias belíssimas (embora lotadas), localizadas na Zona Sul. E após passar alguns dias nessa cidade que inspira, ou pela sua beleza ou pelo seu histórico, é muito fácil entender como os estrangeiros ficam apaixonados por ela.

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São Paulo, o Melting Pot Brasileiro

É engraçado olhar a cidade onde você nasceu com os olhos de turista… Há mais de cinco anos, escolhi morar fora do Brasil e, de vez em quando, eu volto para visitar meus pais, rever meus amigos e ficar um pouco na cidade. De repente, em algum lugar no meio desses anos, São Paulo deixou de ser meu lar e passou a ser uma cidade que eu, ocasionalmente, visito.

Não se enganem: eu amo São Paulo. Amo caminhar na Avenida Paulista e ver a mistura arquitetônica que existe na região. Eu, que conheço muitas cidades do mundo, não conheço nenhuma outra avenida que tenha a mistura arquitetônica como ela: nos seus aproximadamente 3 km de extensão, ela abriga casarões do início do século XX, como a Casa das Rosas, construída em 1935, prédios modernos construídos durante a década de 70 (como o MASP e o Edifício da FIESP), uma rede de televisão que tem uma universidade, bares, restaurantes, lojas, bancos, escritórios, um parque (o Trianon) e um museu (o MASP, Museu de Arte de São Paulo). E, tudo isso, de uma forma um pouco caótica, se encaixa com perfeição nessa avenida que representa a cidade que nasci.

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