Sempre ouço/leio as pessoas dizerem que certo ano foi o mais duro, o mais difícil, o mais cheio de surpresas e que ele tem que acabar. Acho que a memória prega peças e limpa o passado porque, olhando em retrospectiva, todos os anos me parecem montanhas-russas, com altos e baixos, emoções e alguns momentos em que fechamos os olhos só para curtir o vento batendo na nossa cara. Em todos os anos, famosos se casam, têm filhos, se separam (Fátima Bernardes/William Bonner e Brangelina não foram os primeiros casais que se separam na história da humanidade) ou morrem. Há escândalos políticos e algum acidente, maior ou menor, acontece. Mas também há nascimentos, reencontros acontecem e há momentos em que suspiramos pela lua linda do céu. Porque os anos compõe a vida e essa é feita de momentos bons e outros não tão bons assim.
Aproveitando o gancho, faço minha retrospectiva pessoal, hoje, no solstício de inverno. Exceto por 2010, o ano que guardarei na memória como aquele no que tudo deu certo, e 2013, que recordarei como o ano que me tornei uma mulher-Almodovar – à beira de um ataque de nervos – e quase me perdi no buraco do coelho da Alice para todo sempre, todos os anos têm seus altos e baixos, com alguns tropeços, eventuais (e rápidas) visitas ao buraco do coelho e vários pontos altos nos que acho que a vida não poderia ser melhor. E 2016 não foi muito diferente.