A Véspera de Ano Novo: Feliz 2016!

Faltam poucas horas para que 2015 acabe. Ainda que eu não tenha feito um levantamento da minha vida no solstício de inverno, que, nesse ano, ocorreu no dia 22 de dezembro – a noite mais longa do ano, no hemisfério norte –, acho que ainda é tempo de refletir sobre esse ano que está quase dizendo adeus.

Para alguns, 2015 foi um ano duro. Para outros, foi um ano abençoado. Acredito em várias teorias, acho que pode haver a influência cósmica para que tudo dê certo – ou errado –, mas também acho que muita coisa depende de nós. Acho que poucas vezes o nosso inferno sejam os outros e muitas vezes o inferno é como nos vemos refletidos no outro ou como refletimos nele nossas frustrações.

Acho que mesmo que dependa muita coisa de nós, há momentos que a vida flui e outras que parece que ela encalha. Acredito que há lugares onde nos sentimos melhor que outros porque, da mesma forma que há pessoas com as quais temos maior afinidade, há países e cidades que nos abraçam com maior carinho que outros. É uma questão de energia.

Para mim, 2015 foi um ano muito bom. Muito melhor que 2013, o ano em que meus demônios quase me enlouqueceram, praticamente tão bom quanto 2010. 2015 foi uma boa continuação de 2014: muitos dos planos que formei no Ano do Cavalo, o meu ano, se realizaram de forma fluida em 2015. Foi um ano no qual trabalhei duríssimo no primeiro semestre e, embora continuasse a trabalhar bastante no segundo, decidi relaxar um pouco porque simplesmente merecia.

De uma forma engraçada, 2010 e 2015 se parecem muito. Foram dois anos que mudei não somente de lar, mas de continente: 2010 foi quando aceitei morar na Ilha de Lost e 2015 foi quando saí dela. Foram anos que fiz viagens inesquecíveis e conheci pessoas incríveis. Foram anos muito parecidos, mas que lidei de forma bastante diferente: se eu queria tomar 2010 de canudinho, 2015 foi um ano que quis tomar com tranquilidade – sua metade, pelo menos.

Voltei para a Europa e vim morar em Madrid. Consegui um trabalho na área de finanças, que, aparentemente, sempre foi a minha área, e pouco a pouco tenho construído minha vida. Porque, se aprendi uma coisa nessa minha vida errante, é que tudo acontece no seu devido tempo: só precisamos ter calma para esperar que as coisas se encaixem afinal nem tudo pode acontecer ao mesmo tempo.

2015 pode não ter sido um ano que viajei tanto quanto gostaria, mas fui a lugares que nunca havia ido antes e voltei para lugares que posso chamar de casa. Esse foi o ano que relembrei minha infância em um parque em Hiroshima, vi pores do sol impressionantes, passeei por ruelas antiquíssimas, reencontrei amigos, fui a San Sebastián na época do festival, enfim, foi um ano no qual ri, chorei, sorri e vivi.

Origami: minha infância em um parque em Hiroshima!

Origami: minha infância em um parque em Hiroshima!

E que venha 2016, com mais pores do sol, com mais aventuras e mais sorrisos. Que 2016 não seja apenas um ano incrível, mas que possamos transformá-lo em incrível. Que venham mais amigos, mais claras na Latina, mais jantares em Malasaña, mais viagens, de carro, trem ou de avião – não podemos é parar! Que tenhamos força e coragem para transformar esse ano naquilo que esperamos que ele seja. E que tudo seja carregado de muito amor.

Um dos pores do sol incríveis, na Plaza de Cibeles, em Madrid

Um dos pores do sol incríveis, na Plaza de Cibeles, em Madrid

Com esse último post, que escrevo sentada na minha cama, na minha nova casa chamada Madrid, eu me despeço desse ano que foi sim incrível. Foi nesse ano que aprendi que sonhos realizados não significa que eles acabem, mas que espaços foram abertos para que pudesse sonhar novas coisas. E que agora aprenda a abrir espaços físicos na minha vida em 2016, comprando menos e doando mais. Que eu pare de fumar e continue indo a academia para acalmar os demônios que vivem dentro da minha cabeça. Que consiga ser mais disciplinada e organizada para que meus outros objetivos se realizem. Que 2016 seja um ano de novas oportunidades, novos sonhos e novos sorrisos.

E que venha 2016!

Feliz 2016!

Feliz 2016!

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8 comentários sobre “A Véspera de Ano Novo: Feliz 2016!

  1. Querida Tati, passei por aqui correndo para te desejar uma maravilhoso 2016 repleto de paz,saude e realizac,öes. Que você traga mais histórias de vida cheia de alegrias e emoc,öes. Um beijo e feliz 2016 !!!!!!!!!!
    Com carinho e amizade.
    Rosinea
    Obs. Säo meus 2 emails ok?

  2. Oi Tati, aqui é a Noemia, filha da Mariza. Eu estava pesquisando sobre as Filipinas e cai no trotamundos. Parabéns, seus textos são demais, informativos e muuito engraçados! Estou planejando conhecer as Filipinas em abril e seu blog está ajudando bastante a entender o país, embora como vc mesmo disse não parece muito fácil rsrs ! Vi que vc está em Madrid agora, boa sorte e continue escrevendo! Bjs, Noemia

    • Noemia! Que incrível coincidência que você veio parar no Trotamundos!
      As Filipinas são um país bem bonito para se visitar e há muito que se ver. Eu achei o dia-a-dia bastante duro, mas acho que isso você não deve sentir. Eles são bastante afáveis, mas tome cuidado para não tirarem vantagem de você! Hehe! =)
      Manda o roteiro para eu dar uma olhada e continue acompanhando o Trotamundos! Prometo voltar a escrever logo!
      Beijos

      • Oi Tati!
        A princípio o roteiro ficaria assim: (1d) sair da Indonésia para Manila,
        (1d) Puerto Princesa (para ir ao Underground River;
        (4d) El Nido;
        (2d) Coron (gostei da ideia de mergulhar para ver os navios) e
        (2d) Boracay.
        Os transportes que são mais difíceis pelo que vi…acho que vamos perder algum tempo..
        Alguma sugestão?

      • Noemia, desculpa meu atraso em responder a sua mensagem, mas estive bem ocupada nessas últimas semanas!

        Como foi a viagem? Achei seu roteiro bem bom e você cobre boa parte da região de Palawan!

        Transporte é super complicado nas Filipinas, mas há barcos de El Nido a Coron. Demora uma vida e é incomodo, me parece, mas há. E espero que você tenha lembrado de levar saco de lixo se decidiu ir em barco: tudo molha!

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