Em janeiro, tirei um dia de folga para filmar para O Mundo Segundo os Brasileiros, um programa transmitido pela Band que segue o mesmo formato de Españoles en el Mundo, do canal de televisão espanhola RTVE. Caso vocês não conheçam o formato do programa, ele mostra algumas cidades do mundo, através do ponto de vista de quem mora lá.

Eu, que amo viajar e sempre gostei da idéia do Españoles en el Mundo (adorei o episódio que eles fizeram de São Paulo), achei o máximo quando ele começou a ser produzido no Brasil. E, ano passado, soube que eles viriam a Manila.

Entrei em contato com a produção, preenchi o formulário e esperei. Então, em janeiro, eles vieram e, embora o programa enfoque em coisas além do turístico, fui com eles a Villa Escudero, uma plantation de cocos, localizada em San Pablo, na região de Laguna, a 1,5h de carro de Metro Manila, dependendo do trânsito.

Vou confessar que eu gostaria amaria ter ido ao Greenhills para ver minhas tão amadas pérolas, mas não rolou – eles já tinham escolhido o Christopher. Eu tinha sugerido o Taal Lake e Tagaytay, onde tinha ido milhares de vezes, mas eles escolheram outra menina e perguntaram se eu não me importava em ir a Villa Escudero. A resposta foi “para nada!”, afinal, sempre quis ir para lá e nunca tive a oportunidade!

Já disse milhares de vezes que viajar pelas Filipinas é duro. Eu não tenho a menor idéia como se faz para chegar à Villa Escudero em ônibus, por exemplo, e nem sei se há: quando liguei para lá, nos passaram o contato de uma companhia locadora de carros (com motorista – aqui, em geral, quando se aluga um carro, o motorista também está incluído no preço) e fomos.

A Villa Escudero, como disse, é uma plantation de cocos ainda ativa, mas cujos donos (os Escudero) decidiram transformar em um ambiente para turistas também. Isso foi uma ótima sacada porque o lugar é bem agradável para se passar o dia, além de ter um restaurante em uma cachoeira!!!

Sim, isso mesmo, as mesas do restaurante ficam aos pés da cachoeira artificial, gerada pela hidroelétrica (a primeira funcional do país – os Escudero eram muito visionários!) que foi construída para fornecer energia para a manufatura do coco desidratado. Aliás, quando se busca “Filipinas” no Google é comum que a imagem desse restaurante apareça.

Aprendi bastante coisa sobre cocos naquele dia… Eu vi os trabalhadores subindo nos coqueiros para retirar cocos e eles contaram que do coco se aproveitava tudo, desde a raiz até as folhas, usadas para decorar o buffet do restaurante e os carros puxados pelos carabaos, ou seja, os búfalos de água das Filipinas. Eles disseram também que do mesmo coco se podia extrair água ou leite; o que variava era a idade do coco (os mais maduros produziam leite) e eles nos mostraram como o leite era extraído, usaram a casca do coco para coá-lo e eu provei leite de coco fresco, o mais fresco que jamais provaria.

Nos fins de semana e feriado, há shows folclóricos, com danças e músicas. Como fomos em uma segunda-feira, não havia shows, mas isso não os impediu de tocas os instrumentos e tentarem me ensinar como se toca um instrumento mega-diferente de origem islâmica que falhei absurdamente. Aliás, escreverei sobre o tema (islamismo) no mês que vêm no Brasileiras pelo Mundo!

Adorei todo o dia e me diverti muito. Honestamente, foi um dia bastante longo e cansativo, mas valeu a pena! Porque, além de conhecer um lugar que queria muito, amanhã, dia 27 de maio de 2014, estarei no programa! Não sei quanto tempo aparecerei, mas o dia foi bem legal e vocês poderão escutar minha voz de taquera rachada na televisão! Hehe!

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