Quem lê meu blog há algum tempo ou quem me conhece, sabe que sou bastante instável. Bem, não psicologicamente falando, mas mudo de idéia como mudo de calcinha: hoje posso pensar uma coisa, amanhã, outra, e depois, uma terceira idéia pode ter me ocorrido. Eu sou uma pessoa que funciona em fases: a fase da negação (não! Minha idéia é melhor), a fase da aceitação (hum, pode ser que a sua idéia faça sentido) e a fase de que, talvez, possa existir uma solução ainda não pensada para aquele mesmo problema.
Sou uma pessoa que tem a tendência de super-analisar e pensar demais… E, por isso, defini, de forma jocosa, que sou polipolar (ou multipolar). Afinal, só uma pessoa com polipolarilade ou multi-personalidades poderia mudar de opinião como eu mudo as minhas… Acontece.
Na mesa do bar, outro dia, comentavam como eu mudava de idéia rápido: “Mas Tati, hoje você acredita em A… Amanhã, você terá mudado de idéia! Você é assim de inconstante!”
O que é bom, considerando que, em um passado não muito distante, era completamente rígida em relação às minhas crenças e comportamento: era do meu jeito ou sem jeito (my way or the highway, como se diz em inglês). Agora, só preciso encontrar o meio-termo (o que é bastante difícil para mim, confesso).
Eu sorri e, enquanto tomava um gole da minha cerveja (San Miguel Apple), respondi “Então, vocês sabem a bipolaridade?” perguntei, querendo complementar com a explicação sobre a minha multipolaridade.
A menina ao lado do meu marido responde “Sei sim. Sou clinicamente diagnosticada bipolar… Por quê?”
Minha cara: …
É… De boca fechada… Não sai besteira…
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